sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Lightning Bolt

Até onde vão as possibilidades sonoras de uma banda com apenas dois integrantes?
Antes de pensar em bandas como The White Strippers, gostaria de chamar atenção de um dueto de Providence, em Rhode sland, composta por apenas um baterista, Brian Chippendale, e um baixista, Brian Gibson.

A banda não é tão nova, e nem foi sempre um dueto. Ela foi oficialmente emm em 1994 e era um trio, contando com a presença do japonês Hisham Bharoocha, que realizou apenas uma música a Repopulation Program, e saiu da banda em 1996.
Os integrantes se conheceram na famosa Escola de Design de Rhode Island e iniciaram como uma banda de improvisação, que viajava os Estados Unidos apenas para tocar.

Durante esses anos de formação, Chippendale e seu colega calouro na faculdade, Matt Brinkman começaram a montar o Fort Thunder, um armazém abandonado no segundo andar de uma ex-fábrica têxtil da época da Guerra Civil no bairro de Olneyville, que nas mãos desses dois se transformou em um ponto de encontro para eventos de música underground. Lá foram as primeiras apresentações do Lighting Bolt.

Somente em 1997 a banda firmou um contrato com a Load Records,  um selo conhecido por produzir discos de bandas experimentais em Providence, e em 1999 lançaram seu primeiro disco, o Lightning Bolt.


Apesar de terem discos gravados com a Load Records e reconhecer que talvez sem a ajuda deles nunca conseguiriam se manter por muito tempo a banda nunca escondeu certa aversão por estúdios. Discos como Hypermagic Mountain, por exemplo, apenas metade das músicas foram gravadas em estúdio, o resto eles gravaram ao vivo.

É ao vivo que a banda se tornou conhecida, suas perfomances são no melhor estilo "guerrilla gigs", eles usualmente eles não tocam em cima de palcos, mas junto com a plateia ao redor.

O som da banda é alto e agressivo e eles citam como influência Phillip Glass, um compositor minimalista do século XX, e Sun Ra, um compositor de jazz, poeta e filósofo.
A força sonora da banda consiste no rufar frenético da bateria de Chippendale, no seu vocal incompreensível e nas levadas pesadas e ultra-distorcidas do baixo de Gibson.

Algumas inovações sonoras são interessantes de comentar, Chippendale evita microfones convencionais, ele utiliza um microfone encorpado em um receptor de telefone doméstico que é mantido na sua boca ou ligado ao seu capuz, onde é processado efeitos para alterar o tom da sua voz, o que explica sua voz abafada, dando a impressão que ele está cantando através de um telefone em uma linha distante.

Site oficial
http://laserbeast.com

Fotos:








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