Banda: Les Rallizes Denudes
Origem: Kyoto, Japão
Período em Atividade: Acredita-se em algo em torno de 1967/1968 até 1994.
Gênero: Noise Rock
Integrantes:
Takashi Mizutani: Vocais, Guitarra
Takeshi Nakamura: Guitarra
Shoda Hiroshi: Baixo
Toshiro Mimaki: Bateria
Na ativa desde (acredita-se) meados de 1967, até sumir de uma vez por todas em algum ponto obscuro da década de 80 e revivendo quase 15 anos depois em 1994, totalizando durante este tempo todo não muito mais do que 20 músicas feitas e incontáveis versões diferentes dessas faixas e jamais permitindo que os álbuns fossem lançados em caráter oficial, estou convencido que a banda do lendário Mizutani é uma das formações mais fascinantes da história do rock. As músicas são na sua maioria jams gravadas em péssimas condições não raro com cortes arbitrários, ma captação de audio, microfonias voluntários ou não (sabes-e que Mizutani adorava derreter as músicas na sua mixagem final protagonizando assim o único caso de DES-Masterização que tenho noticia) e dessa forma a banda apresenta o mais elevado grau de fidelidade a tudo que prezo no Rock: O niilismo, a garagem hermética e o descompromisso total e absoluto.
Segundo reza uma das lendas mais famosas envolvendo LRD era que a banda alem de tudo era formada por criminosos psicopatas. Conta-se a história que na década de 60, Mizutani era apenas um aluno da universidade de Kyoto com duas obsessões: Nieszstche e poesia marginal francesa e é de um encontro com os demais integrantes nessa época que surge a banda. Ainda com base no que foi dito pelos teólogos freaks em Rallizes (lembre-se, tudo com eles é mera suposição), a coisa teria engrossado quando anos depois alguns integrantes alinhados com a ideologia do exercito vermelho japones teriam participado do um sequestro de um avião que foi desviado do seu destino original Tokyo para ir em direção a Coreia do Norte. Mizutani não participou do referido ato mas ao oferecer guarita para os seus confrades a banda inteira caiu na clandestinidade e assim se manteve por muito tempo. A banda em certo tempo assumiu uma postura inviolavelmente gótica e obscura, tendo o proprio Mizutani se tornado não muito mais do que uma 'sombra fora do tempo' sempre envolto por uma aura de intransponível glacialismo e pouco depois disso, desaparecem. Houve um revival do qual se tem parcos registros em 1994, onde a banda estava idêntica ao que era quase duas décadas antes. Alguns dizem que o Mizutani morreu, outros dizem que se mudou para a França, ninguem sabe ao certo. Disso surgiu um rumor, plenamente justificado e amplamente aceito e difundido entre os teologos freaks em Rallizes de que a banda ou pelo menos Mizutani em algum ponto de sua vida foi vampirizado e ronda até hoje por ai na forma d'um espectro vampirico. Os temas de suas músicas e o fato do cara até onde o vimos não ter envelhecido colaboram e muito com essa teoria a qual eu particularmente acho extremamente plausível.
É isso, acrescentem tambem que eles funcionam como uma sintese do rock ocidental podendo ser facilmente encontrados neles traços basilares de bandas como Pink Floyd, Can, NEU!, Faust e tambem Pos-Punk e Goticismo. Ou como foi dito por um amigo meu que deu a melhor definição possivel para a banda:
"Imaginai, pois, um Velvet Underground Marciano com transtorno de personalidade borderline, integrados por pinheads civiados em benzedrina e munidos de instrumentos de enésima categoria, tocando uma interminavel Sister Ray dentro de um pântano Radioativo, com o som saindo por uma vitrolinha mono defeituoso mas amplificada por 1000 Pa's, e tereis uma vaga ideia do que encontrareis pela frente."
VIDEOS:
Por: Gabriel Von Kreisler
Texto sensacional, ainda que sobre uma banda que dispense comentários. Mais uma vez Von Kreisler mostra seu poder de fogo textual, seu gosto semi-irretocável( pq adoro me contradizer e contradizê-lo)e sua capacidade em escolher sempre os melhores parceiros para seus projetos. Longa vida ao Night Collectors!
ResponderExcluirSubscrevo, certifico e dou fé. :-)
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