domingo, 18 de agosto de 2013
Lockweld - Industrial Requiem
Lockweld é uma experiência interessante. Formado por não menos que três figuras misteriosas que resolveram se encontrar primeiramente Cleveland e aterrorizar o pequeno centro manufatureiro de Ohio com um som industrial aterrador e exclusivamente eletrônico.
Tentarei expor a visão que tive ao me embriagar de vinho e escutar o seu disco "Industrial Requiem". A música eletrônica do grupo me transportou para um universo cheio de escuridão, emaranhado de cabos e circuitos. Nas entranhas de uma máquina caminhei silencioso dentro de uma dimensão apocalíptica, um universo Cyberpunk, onde se configurou claramente o "opressor" como realidade objetiva e o "perturbador" como realidade subjetiva.
Dentro desse universo vislumbrei nada menos que o futurismo puro.
Saindo do meu universo onírico, o réquiem industrial se comunica objetivamente com o som futurista. Composições feitas a base de timbres inusitados encontrados em ruídos, sons materiais, metal, gritos e gemidos com um pano de fundo de repetição mecânica de uma fábrica funcionando a todo vapor, numa ode insana a produção taylorista, consumindo recursos materiais e espirituais da sociedade numa velocidade frenética.
O réquiem industrial não é nada menos que um sintoma da "Era do Ferro" (Kali Yuga). Nada mais apropriado e profético que nas milenares escrituras hindus o "Ferro" ter sido escolhido ser associado ao fim de um ciclo. Nada mais claro que associativo a indústria. Ao industrial. Estamos no fim!
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